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domingo, 2 de junho de 2013

É PRECISO TRAZER A INFLAÇÃO DE VOLTA

O economista alemão Jens Arnold, chefe do Departamento de Brasil da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, espécie de clube de países ricos), está convencido de que o Brasil vai retomar o crescimento em 2014. Mas também está preocupado com a inflação estourando o teto da meta. Arnold defende mais aumento de juros para trazer a inflação de volta para o centro da meta, de 4,5%, se o Brasil voltar a crescer mais em 2014, como a OCDE prevê. Esta também é a expectativa dos mercados, segundo ele.
O Brasil cresceu apenas 0,6% no primeiro trimestre.
A economia está se recuperando de um padrão de baixo crescimento. As coisas estão melhorando.
O investimento está finalmente sendo retomado. Voltou num ritmo forte no primeiro trimestre, depois de crescimento negativo durante quatro trimestres consecutivos.
Não  se deve preocupar com a desaceleração do consumo. O sinal mais importante é que o investimento foi retomado. O setor privado pode estar retomando a confiança para fazer investimentos.
O governo lançou um programa ambicioso. Há avanços na área de portos, aeroportos, estradas.. A área de portos está mais promissora. Outra questão é a reforma tributária. O governo fez progressos ao unificar as alíquotas do ICMS para bens importados. Estão na direção certa, mas agora teriam que unificar as alíquotas para tudo.
O aumento da inflação preocupa?
Sim. A inflação ultrapassou o teto da meta o Banco Central subiu em meio ponto percentual, o que foi muito adequado, pois 0,25 ponto percentual teria sido pouco.
E as eleições presidenciais de 2014? Nesses momentos, os governos tendem a gastar mais, não?
As eleições podem ser um incentivo para acelerar as reformas estruturais. O ano de 2012 foi ruim para a economia, e é normal que neste caso se gaste mais
O Brasil ainda tem uma economia muito focada no mercado interno. Mas também é um grande exportador agrícola e tem a China como seu principal parceiro de comércio. Portanto, é claro que uma possível desaceleração da China teria implicações para o Brasil. Se a economia mundial desacelerar, isso também vai significar menor crescimento para o Brasil. Mas, ao mesmo tempo, não é isso que vai determinar tudo: o mercado interno ainda é o grande motor de crescimento (do Brasil).




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