Em resposta ao
pronunciamento feito na última sexta-feira(21) pela presidenta Dilma Rousseff,
diversas entidades ligadas à categoria de médicos do país divulgaram nota onde
criticam a intenção do governo em trazer médicos estrangeiros para atender a
regiões carentes desses profissionais, localizadas no interior do país.
Na carta, dirigida à
população brasileira, as entidades lembram que a presidenta foi “vítima de
grave problema de saúde”, e que fez tratamentos em “centros de excelência do
país e sob a supervisão de homens e mulheres capacitados em escolas médicas
brasileiras”. E acrescenta: “O povo quer acesso ao mesmo [tipo de tratamento] e
não quer ser tratado como cidadão de segunda categoria, tratado por médicos com
formação duvidosa e em instalações precárias”.
Durante o
pronunciamento, a presidenta disse que, entre as medidas estudadas pelo
governo, está a de “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para
ampliar o atendimento do SUS [Sistema Único de Saúde]”.
Assinada pelas
associações Médica Brasileira (AMB), Nacional de Médicos Residentes (ANMR),
pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Federação Nacional dos Médicos
(Fenam), a carta diz que as entidades usarão “todos os mecanismos possíveis
para barrar a decisão, inclusive na Justiça”.
Segundo as entidades, a
“importação” de médicos simboliza uma “vergonha nacional”. De acordo com as
entidades, a medida submeteria a parcela mais vulnerável da população “à ação
de pessoas cujos conhecimentos e competências não foram devidamente comprovados”,
escondendo “os reais problemas” que afetam o Sistema Único de Saúde (SUS).
O anúncio feito pela
presidenta foi uma decepção, disconsiderando os médicos que prestam serviços ao
País.
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