“O que se pode fazer? Só sei que eu não gostaria de
ser do governo agora”, diz o cientista político Marco Aurélio Nogueira, diretor
do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais da Unesp. “E
também sei que é necessário agir, nem que seja cortando gastos com assessores
parlamentares no Brasil para cobrir os R$ 0,20 das passagens de ônibus”,
acrescenta.
A proposta de Nogueira é uma das muitas feitas por sociólogos,
cientistas políticos, advogados e antropólogos ouvidos pelo jornal O Globo
sobre que postura se espera dos governos federal, estaduais e municipais frente
aos protestos e atos de vandalismo ocorridos na última semana em todo o Brasil.
Entre as ideias discutidas, estão também a instituição de audiências públicas
sistemáticas, a criação de novos canais de comunicação com a sociedade, a
remoção da PEC 37 da pauta do Congresso e a redefinição do papel das polícias
no país. Todos concordam que é preciso atuar rapidamente para evitar a
instauração do caos nas cidades. E nenhum deles quer ver forças militares nas
ruas.
Com isso, é necessário dar voz a algumas das
demandas, como o financiamento público de campanhas, a transparência nas contas
públicas e divulgar detalhadamente os investimentos na Copa do Mundo. Essas já
seriam respostas à população. Postagem: O Globo
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