Um protesto que havia sido convocado em Paris para
apoiar o Movimento Passe Livre (MPL) aconteceu na tarde deste sábado e reuniu
cerca de 1 mil de pessoas na praça da Nação, no leste da capital francesa,
segundo estimativas da polícia local.
Assim como os protestos no Brasil, a manifestação parisiense foi marcada
pela pluralidade de reivindicações entre os manifestantes, que chegaram a se
acusar mutuamente de “fascistas” e “esquerdistas”. No entanto, a violência que
já foi vista nas ruas de cidades brasileiras não se repetiu na capital
francesa.
Enrolado numa bandeira brasileira, o advogado brasiliense Gil Vicente
Gama – que mora em Lugano, na Suíça, e veio a Paris só para participar dos
protestos – era um dos mais enfáticos ao defender suas ideias contra
manifestantes que em diversas ocasiões gritaram a frase “Vaza, ‘reaça’, dessa
praça”. “Eles não me representam. Eu vim aqui para protestar contra a
corrupção, não estou levantando nenhuma bandeira partidária”, disse Gama.
O advogado acusava a manifestante Ana Vladia, que cursa doutorado em
ciências sociais em Paris, de utilizar uma bolsa do governo brasileiro para se
manter na cidade. “Esta manifestação está cheia de fascistas, tem jovens aqui
pedindo a volta da ditadura militar”, afirmou Ana, que segurava um cartaz
pedindo a unidade da esquerda.
Os manifestantes também mostraram solidariedade ao movimento no Brasil,
e alguns lamentaram não poder participar dos protestos no País. “Se eu pudesse,
estaria lá. Acho que a primeira coisa que precisamos resolver no País é a
corrupção”, defendeu o empresário Wellington Jhel, que chegou a Paris há cinco
anos, vindo Rondônia. Postagem: Terra
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