Pela primeira vez, desde o início de seu mandato, há dois anos,
caiu a popularidade da presidente Dilma Rousseff. O porcentual de brasileiros
que avaliam seu governo como ótimo e bom passou de 65% no mês de março para 57%
neste mês, segundo pesquisa realizada na quinta e sexta-feira pelo Datafolha.
O mesmo instituto também verificou que, apesar da queda da
popularidade, Dilma continua aparecendo como favorita entre os prováveis
candidatos à Presidência da República na eleição de 2014. Numa disputa ao lado
de Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), a presidente
teria 51% dos votos. Embora esse número represente uma queda de 7 pontos em
relação à pesquisa anterior, em março, já seria suficiente para Dilma liquidar
a eleição no primeiro turno.
A série histórica de pesquisas do Datafolha sobre a popularidade
de Dilma mostra que ela havia oscilado dois pontos para baixo em agosto do ano
passado. Mas, como a margem de erro utilizada pelo instituto é de dois pontos
para mais ou para menos, ela não foi considerada. Agora, porém, a variação de
oito pontos é significativa.
Economia. De acordo com a pesquisa divulgada neste sábado, 8, a
piora na imagem de Dilma está relacionada à questão econômica. A população está
mais pessimista em relação ao quadro econômico do País. A preocupação com a
inflação e o desemprego também é maior agora do que em levantamentos
anteriores. Para 51% dos entrevistados, a inflação vai aumentar. Em março o
índice era de 45%.
A perda da popularidade da presidente foi mais forte entre
brasileiros que ganham mais de dez salários mínimos. Nesse grupo a queda foi de
24 pontos, segundo a pesquisa, que ouviu 3.758 pessoas em 180 municípios. Na
divisão geográfica dos pesquisados, Dilma perdeu mais pontos na Região Sul:
foram 13 pontos.
Empatados. Na pesquisa sobre a eleição presidencial, que mostrou
Dilma com 51% das intenções de voto, o segundo lugar ficou com Marina Silva,
com 16%.
É o mesmo porcentual que havia sido conferido à ex-senadora em
março. Ela está tecnicamente empatada com Aécio Neves, que foi o único dos
prováveis candidatos que cresceu em relação ao levantamento anterior: passou de
10% para 14%.
Uma vez que a margem de erro da pesquisa é de dois pontos, o
Datafolha considera os dois candidatos tecnicamente empatados.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, apareceu em quarto
lugar na pesquisa, com 6% das intenções das intenções de voto - o mesmo índice
que havia obtido na pesquisa anterior.
Na Região Nordeste, onde a presidente teve seu melhor
desempenho, de acordo com a pesquisa, as intenções de voto nela chegaram a 59%.
Na avaliação do Datafolha, o crescimento de Aécio foi
impulsionado pelas recentes propagandas de seu partido, o PSDB, na TV e no
rádio. Nessas aparições, o ex-governador de Minas deu ênfase à questão da
inflação. Postagem: Datafolha.

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