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sexta-feira, 17 de maio de 2013

ERRO MÉDICO

Enquanto aguardava uma operação no pulso direito, Marisa Justino, de 49 anos, tomou um susto. Ela leu no quadro de avisos da equipe médica que o procedimento seria feito no braço esquerdo, que estava sadio. “Fiquei desesperada até conseguir explicar ao cirurgião que havia um erro no mural”, conta Marisa, aliviada por ter escapado de uma negligência. “Eu confiava no médico, decidi não reclamar do erro da equipe”, diz. A situação vivida por Marisa mostra que jaleco branco e diploma na parede podem não ser suficientes para garantir um atendimento livre de erros.
De cada dez pacientes atendidos em hospitais, um sofre pelo menos um evento adverso, como queda, administração incorreta de medicamentos, falha na identificação, erros em procedimentos cirúrgicos, infecções e mau uso de equipamentos. O dado é de levantamento feito pela Fiocruz. O mais alarmante é que 66,7% das ocorrências poderiam ser evitadas com medidas simples de segurança dos hospitais.

O número de médicos despreparados também impressiona. O resultado do último exame do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) aponta que 54,5% dos recém-formados em escolas médicas do Estado foram reprovados, ou seja, acertaram menos de 60% da prova. Desde 2012, a participação no exame é obrigatória para o registro profissional de médico no Cremesp. Entretanto, o registro não depende do desempenho ou da aprovação do aluno.

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