O cenário é
desolador em todo o território brasileiro. Segundo dados divulgados pelo Ministério
da Saúde, o número de casos de dengue mais do que triplicou no primeiro
trimestre do ano. Os mais prejudicados são os idosos. Das 132 mortes causadas
pela doença entre janeiro e março, 54 foram de pessoas com mais de 60 anos, o
equivalente a 40,9%.
“As causas desta
condição de risco não estão completamente esclarecidas, mas podem estar
relacionadas com a maior prevalência, nesta faixa etária, de doenças crônicas,
como cardíacas, diabetes, entre outras”, observa o secretário de Vigilância em
Saúde, Jarbas Barbosa.
Para se ter uma
ideia da epidemia que atemoriza os lares de todo o País, nos primeiros três
meses do ano passado foram registradas 190.294 notificações de dengue em todo o
Brasil. Este ano, no mesmo período, a quantidade saltou para 714.226. Os casos
considerados graves apresentaram um leve declínio, passando de 1.488 para
1.417. Ainda assim, houve 15 óbitos a mais no primeiro trimestre deste ano, se
comparado ao mesmo período de 2012.
“O idoso sempre tem
mais chance de parar no hospital. Então, em tese, isso não mudou este ano. Os
motivos podem variar. Não tem uma razão específica para o idoso ser mais
suscetível”, explica Max Igor Lopes, infectologista do Hospital das Clinicas de
São Paulo.
Além das limitações
do corpo e da mente, a diferença em relação aos jovens é que os mais velhos têm
menor tolerância à dengue. “O coração é mais fraco, o pulmão já está pior, tudo
fica mais difícil. E a dengue mata por uma desidratação intensa, morre-se em
questão de horas”, alerta Lopes.
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