title Interativo

segunda-feira, 27 de maio de 2013

PROJETO SUICIDA

No dia 6, o jovem Eduardo Hiroshi, de 35 anos, acabou com a própria vida. Segundo o Portal dos Jornalistas, o profissional de um jornal popular de São Paulo voltou para casa na hora do almoço, trocou a foto de seu perfil em uma rede social, divulgou a carta de despedida e simplesmente saltou da sacada do apartamento em que morava na capital paulista.


Bem-sucedido, Hiroshi já estava no ramo há 13 anos e na posição de editor, na seção que tratava de carros, sua paixão confessa. O que, então, levou um jovem como esse ao suicídio?


“O xis da questão é entrar em um desespero e não ver mais saída na vida”, explica o psicólogo Irineu Miano Júnior. “Na verdade, a pessoa não quer morrer, quer mudar de vida, quer alguma outra coisa que não aquilo que está vivendo, mas não encontra alternativa”, acrescenta.


Foi o que aconteceu com Ryoko Tashina, de 61 anos. Ao ser abandonada pelo marido, viu sua vida ser tragada por uma espiral que a levou ao fundo do poço. A ideia de suicídio não saía de sua mente e tentou se matar diversas vezes.


Em uma tentativa de mudar de vida e preencher o vazio que sentia, resolveu morar com o filho no Japão. “Achava que era o ambiente, que mudando de lugar minha vida mudaria também, pois estava cansada de tudo. Mas percebi que mesmo morando no Japão, tudo continuou a mesma coisa”, observa Ryoko.


A cultura do pessimismo, em que sobram exemplos ruins e previsões catastróficas, empurra as pessoas cada vez mais para baixo. E quando o pessimismo ganha uma aura de “intelectualidade” e um certo glamour, há a sensação de que os pensamentos negativos é que são, verdadeiramente, reais.

Nenhum comentário :

Postar um comentário