Cerca de 150 mil
pessoas, segundo a polícia, protestaram em Paris contra a
recente legalização do casamento homossexual, em uma manifestação fortemente
vigiada pela polícia pelo receio de distúrbios. Os organizadores esperavam mais
de 1 milhão de manifestantes.
A lei que autoriza o
casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma das promessas eleitorais do
presidente socialista François Hollande, foi aprovada pelo Parlamento em 23 de
abril e promulgada em 18 de maio, depois de meses de protestos em todo o país.
Cerca de 4.500 policiais
foram mobilizados para acompanhar a manifestação, para a qual milhares de
pessoas de toda a França viajaram para Paris. O ministro do Interior, Manuel
Valls, advertiu para o risco de os chamados “ultras”, na maioria nacionalistas
de extrema-direita, se infiltrarem no protesto e provocarem distúrbios, e
aconselhou os pais a não levarem crianças para a manifestação. Mas muitos ignoraram
o aviso e entre os manifestantes viam-se várias crianças.
Quatro desfiles, três
organizados pelo movimento Manif para Todos e um pelo Instituto Civitas,
próximo dos católicos conservadores, partiram de quatro praças diferentes da
capital francesa com destino ao centro. Até o meio da tarde, o único incidente
registado envolveu ativistas da extrema-direita, que por breves momentos,
subiram ao topo do edifício da sede do Partido Socialista para suspender uma
faixa em que pediam a saída do presidente.
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