O
Ministério da Saúde lançou nas redes sociais no último final de semana uma
campanha pela “visibilidade” e respeito às prostitutas. O tema da mobilização feita pelo Departamento
de DST, Aids e Hepatites Virais é “Sem vergonha de usar camisinha” e celebra o
Dia Internacional das Prostitutas.
Segundo
a reportagem, a campanha tem o objetivo de reduzir o estigma da prostituição
associada à infecção pelo HIV e Aids.
A
mobilização é composta por panfletos e cinco vídeos protagonizados por
prostitutas. Os panfletos trazem frases como “não aceitar as pessoas da forma
como elas são é uma violência”; “eu sou feliz sendo prostituta” e “o sonho
maior é que a sociedade nos veja como cidadãs”. Um dos vídeos mostra uma
prostituta que sonhou ter sido respeitada: “Sonhei que sou respeitada, que sou
uma flor, uma rosa sem espinhos”, diz a protagonista.
O
material, feito em uma oficina de comunicação em saúde para profissionais do
sexo em João Pessoa (PB), vai circular na internet até dia 2 de julho. A
campanha também homenageia Rosarina Sampaio, fundadora da Federação Nacional de
Trabalhadoras do Sexo, que morreu no último dia 25 de março.
Slogan duvidoso
O
ministro da saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o
panfleto com a mensagem “Sou feliz sendo prostituta” não deve ser veiculado em
campanha do ministério.
“Enquanto
eu for ministro, não acho que essa tem que ser uma mensagem passada pelo
ministério. Nós teremos mensagens restritas à orientação sobre a prevenção
contra as doenças sexualmente transmissíveis. Respeito as entidades e os
movimentos que queiram passar essa mensagem, mas é papel deles. O papel do
Ministério da Saúde é estimular a prevenção às DST’s”.
Padilha
disse ainda que o ministério recebeu sugestões de mensagens para a campanha de
“entidades que representam as profissionais do sexo” e que todo o material
passa por avaliação.
“Não
é a primeira vez que o ministério faz campanhas, ações e materiais específicos
para grupos específicos que são mais vulneráveis às DST’s. Não tem remédio, então
o Ministério da Saúde toda vez ouve organizações, ouve essas pessoas, para
saber qual é a melhor forma de chegar essa mensagem”, disse Padilha.
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