A Organização Mundial da Saúde orientou os
profissionais sanitários do mundo todo a se manterem atentos aos sintomas da
síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês), doença
causada por um coronavírus e que tem potencial para se transformar em uma
pandemia.
A agência da ONU, que divulgou novas diretrizes aos
países a respeito da pandemia de influenza, disse que o mundo também está na
mesma "fase de alerta" com relação a duas cepas da gripe aviária
capazes de infectar humanos: a H5N1, que surgiu há uma década, e a H7N9,
detectada inicialmente em março na China.
"Estamos tentando descobrir o máximo que
pudermos e estamos preocupados com esses (três) vírus", disse Andrew
Harper, consultor especial da OMS para saúde sanitária e ambiente, em
entrevista coletiva convocada para explicar a nova escala do órgão para o risco
de pandemias.
A diretriz provisória, a ser finalizada ainda neste
ano, incorpora lições da pandemia de 2009/10 da gripe suína H1N1, que causou
cerca de 200 mil mortes, cifra compatível com as gripes sazonais comuns.
"A preocupação internacional com essas
infecções é elevada, por que é possível que esse vírus se desloque pelo mundo.
Já houve vários exemplos em que o vírus se transferiu de um país para outro por
intermédio de viajantes", disse a OMS sobre a Mers, que causa tosse, febre
e pneumonia.
Viajantes já transportaram o vírus para
Grã-Bretanha, França, Alemanha e Itália. Pessoas infectadas também foram
encontradas na Jordânia, Catar, Tunísia e Emirados Árabes Unidos.
"Consequentemente, todos os países do mundo
precisam assegurar que seus profissionais da saúde estejam cientes do vírus e
da doença que ele pode causar, e que, quando casos inexplicados de pneumonia
forem identificados, a Mers-CoV (coronavírus) seja considerada."
A Mers-CoV, parente distante da Síndrome
Respiratória Aguda Grave (Sars) surgida no ano passado na Arábia Saudita, já
foi confirmada em 55 pessoas no mundo todo, das quais 31 morreram. Quarenta
casos ocorreram na Arábia Saudita, principalmente em um hospital na província
de Al Ahsa (leste).
"O número total de casos é limitado, mas o
vírus causa a morte em cerca de 60 por cento dos pacientes", disse a OMS,
apresentando os resultados de uma missão de especialistas internacionais que
passou uma semana na Arábia Saudita, até domingo.

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