O Ministério Público do Rio
Grande do Sul (MP-RS) começou nesta quarta-feira (22) a segunda fase da
Operação Leite Compen$ado, que investiga esquema criminoso de adulteração do
leite, por meio da adição de uma mistura de água, ureia e formol.
Pela manhã, foram presas cinco
pessoas, entre empresários, transportadores de leite, funcionários e um
vereador, nos municípios de Rondinha, Boa Vista do Buricá e Horizontina. Também
foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.
Além do MP, a operação contou
com a participação de representantes do ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento e com o apoio da Brigada Militar.
De acordo com o promotor de
Justiça Mauro Rockenbach, a continuidade da operação, iniciada em fevereiro,
pretende acabar com o esquema de adulteração do leite em outros dois núcleos no
Rio Grande do Sul. A prática é considerada crime hediondo de corrupção de
produtos alimentícios, previsto no Artigo 272 do Código Penal.
Segundo o MP, em Rondinha, 11
laudos do Ministério da Agricultura, feitos entre fevereiro e maio, confirmaram
a presença de formol no leite cru, somando um total de 113 mil litros
impróprios para o consumo. As primeiras notas fiscais apreendidas em Rondinha
comprovam a aquisição de
50 quilos de ureia. Com o aumento do volume do leite, os transportadores
lucravam 10% a mais que os 7% já pagos sobre o preço do leite cru, em média R$
0,95 por litro.
O Ministério da Agricultura deve
propor que as empresas alterem o pagamento do frete do produto, baseando-se na
distância percorrida e não mais no volume transportado. A medida é importante
porque o tema é tratado no âmbito comercial, que foge da legislação referente à
inspeção sanitária.
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