A degradação da
imagem feminina não é novidade na indústria do entretenimento. Há décadas, os
filmes de Hollywood gastam milhões de dólares para mostrar atrizes como meros
objetos sexuais. A publicidade usa a mesma fórmula para vender todo tipo de
produto: moças em trajes curtos, corpos expostos e atitude vulgar. Em
propagandas de cerveja, elas aparecem como “gostosas” e chegam a ser comparadas
a frutas ou a pedaços de carne.
Já a publicidade de
produtos masculinos explora a figura da “interesseira” ou da escrava sexual.
Músicas com letras humilhantes completam a maioria das produções. A última
polêmica envolvendo a desvalorização feminina em campanha publicitária ocorreu
no fim de março, na Índia. Anúncios de um carro da marca Ford provocaram
indignação no país, ao exibir mulheres amarradas dentro do porta-malas do
veículo.
Os anúncios
surgiram poucos dias depois de a Índia aprovar uma lei mais rígida para punir
crimes sexuais. O país enfrenta uma crise desde que a notícia do estupro
coletivo e morte de uma estudante em dezembro escandalizou o mundo. A Ford
India lamentou o incidente e disse que o material alvo de crítica não havia
sido aprovado.
E o que dizer sobre
moças que desejam ser símbolos sexuais? Iludidas pela mídia, muitas querem seguir
padrões de comportamento e beleza distorcidos, que incluem regimes malucos e
cirurgias plásticas arriscadas. As imagens pulicitárias ainda fortalecem a
pornografia, pois usam os mesmos recursos estéticos dessa indústria.

Nenhum comentário :
Postar um comentário