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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Brasil

Reginaldo Rossi morre aos 69 anos

O cantor e compositor Reginaldo Rossi morreu às 9h40 desta sexta-feira (20), aos 69 anos, de falência múltipla de órgãos, em decorrência de um câncer no pulmão. Conhecido como o "Rei do Brega" e autor do sucesso “Garçom”, ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Memorial São José, na área central do Recife, desde o dia 27 de novembro, para tratar um câncer no pulmão direito. Na quinta-feira (19), sofreu uma piora no quadro clínico.

. O enterro está previsto para o sábado (21), às 20h, no cemitério Morada da Paz, em Paulista.O prefeito do Recife, Geraldo Julio, e o governador Eduardo Campos decretaram três dias de luto oficial.Durante o tempo em que ficou internado, Reginaldo Rossi foi submetido a uma cirurgia para retirada de um nódulo na axila direita. A biópsia confirmou o diagnóstico de câncer. Ele também passou por um procedimento chamado toracocentese, para drenar líquido acumulado entre a pleura e o pulmão.

Rei do Brega
O artista ganhou o título de “Rei do Brega” graças a músicas como “Garçom”, que falam de amor e traições. Compositor de linguagem popular, ele também é autor de sucessos como "A raposa e as uvas", "Leviana" e "Recife minha cidade". Ele dizia que foi o primeiro na cidade  a usar calça sem pregas. "Passava na rua e os caras gritavam: ‘Wanderléa! Olha a Wanderléa!’ E depois todo mundo usava", contou certa vez.
Apesar do jeito extrovertido nas entrevistas e apresentações, se dizia avesso à fama. "Eu sou muito tímido. Essa coisa que eu faço, que requebro no palco, canto ‘Garçom‘, o corno e tudo mais, é para enganar minha timidez", afirmou recentemente em entrevista ao programa Bom Dia Pernambuco.

Nascido no Recife, em 1944, Reginaldo Rodrigues dos Santos começou a carreira na esteira da Jovem Guarda, na década de 1960, imitando Roberto Carlos. Antes, estudou engenharia civil e chegou a dar aulas de matemática. Ele faria 70 anos em fevereiro.
Quando trocou a sala de aula pelos palcos, optou por cantar rock no Nordeste e comandou o grupo The Silver Jets. Em 1966, lançou seu primeiro LP, "O pão". Somente em 1970, pela gravadora CBS, estreou em disco, com o LP "À procura de você", afastando-se do rock e passando a apresentar um repertório brega-romântico, do qual se tornou ícone.


Tributo
Diversos músicos lançaram no ano 2000 um tributo ao artista, intitulado "ReiGinaldo Rossi". O disco tinha releituras de canções de Rossi cantadas por artistas como Lenine, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Eddie, Dolores, Paulo Francis, Querosene Jacaré, Comadre Fulozinha, Stela Campos, Via Sat, Devotos, Otto e Mundo Livre S/A. O cantor pernambucano Silvério Pessoa, por exemplo, criou uma banda, a Sir Rossi, que dá novas roupagens às canções do artista.

Rossi dizia que só no Brasil é que existe essa história de brega e chique. “Os cantores no mundo todo querem fazer sucesso. As letras são as mais simples possíveis, as harmonias [também]”, comparou. “Claro, existem eruditos para uma pequena classe. No Brasil, em que o povo em geral não teve acesso à educação musical mais refinada, isso é válido: tem que ter Chico [Buarque], Gal [Costa], Caetano [Veloso], e tem que ter Amado Batista, Zezo dos Teclados, Faringes da Paixão e Reginaldo Rossi".

Ladrões roubam presentes de crianças carentes 

Um caminhão dos Correios com presentes para crianças carentes foi roubado na noite de quinta-feira (19) no bairro Jardim Salgado Filho em Ribeirão Preto (SP). Os dois suspeitos renderam dois funcionários de 31 e 32 anos e os obrigaram a retirar nove pacotes de veículo. Ninguém foi preso e as vítimas não ficaram feridas. A assessoria de imprensa dos Correios diz que está apurando os fatos e confirma que nenhum funcionário ficou ferido.
De acordo com a Polícia Civil, um gerente e um supervisor dos Correios estavam na Rua Itápolis entregando presentes de Natal para crianças carentes que participaram do projeto Papai Noel dos Correios quando dois suspeitos chegaram em uma bicicleta e renderam as vítimas.
A polícia informou que o garupa da bicicleta, armado, mandou os funcionários retirarem presentes do veículo dos Correios e os colocarem no chão. A dupla obrigou os funcionários a entrarem no automóvel e a deixarem o local. Os ladrões não foram detidos até o momento.
"Dá vontade de arrumar outro trabalho", afirma um dos funcionários que foram rendidos pelos assaltantes. Segundo ele, que prefere não ser identificado, esta foi a segunda vez em que foi vítima de um assalto. "Estamos com medo."
Correios
A assessoria de imprensa dos Correios informou, em nota, que está apurando os fatos ocorridos e que nenhum funcionário ficou ferido. "Foram furtados nove presentes e o crime já está sendo investigado pela polícia. Os Correios estão tomando providências para que as crianças não sejam prejudicadas", comunicou.

O pai que deu à luz

Um transexual de aparência masculina deu à luz uma menina na Argentina. A estranheza provocada pela notícia é compreensível. De barba e camisa rosa na foto desta página, Alexis Taborda exibe a gravidez. Quem acaricia a barriga, como nas imagens tradicionais de álbum de família, é a mulher dele, Karen Bruselario. A gestação não é resultado de intervenção artificial. É natureza pura.
Alexis e Karen são considerados transexuais, mas conservaram os aparelhos reprodutores com os quais nasceram. Isso permitiu que Alexis gerasse a filha em seu útero. A menina Génesis Evangelina nasceu com mais de quatro quilos, segundo reportagem da agência EFE. 
Alexis é mãe e pai. Karen é pai e mãe.
No Twitter, um brasileiro expressou surpresa. “Realmente, vou viver bastante e não vou ver tudo”. Felizmente, eu diria. Novos arranjos familiares surgiram nas últimas décadas, mas ainda há muito para ver, transformar e respeitar. A estranheza é compreensível. O desrespeito é inaceitável.
Além de curiosidade, o nascimento de Génesis suscita reflexão. É uma história que embaralha e aproxima os papéis de pai e mãe. Se a fronteira entre eles tornou-se tênue mesmo entre casais biologicamente e socialmente heterossexuais, nessa família argentina a divisão será inexistente – e, provavelmente, irrelevante.
Afinal, quem é o pai e quem é a mãe?



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