title Interativo

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Brasil

Médico  diz que foi agredido por funcionário da Gol

O cirurgião pediátrico Zacharias Calil, que trabalha no Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, afirma que foi agredido por um funcionário da companhia aérea Gol, quando tentava viajar do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão) para a capital goiana. Em entrevista ao G1, ele conta que a confusão aconteceu no portão de embarque, quando os passageiros pediam informações sobre o voo G3 9038, que estava atrasado. O médico filmou um bate-boca entre um funcionário e clientes e afirma que o atendente segurou o seu braço com força.
“A partida estava marcada para as 22h05 de domingo (15), mas nenhuma informação sobre o voo aparecia nos painéis eletrônicos. Eu estava acompanhado da minha esposa e filha e muita gente tentava saber o que acontecia no guichê da empresa, mas ninguém falava nada. Foi quando eu vi um funcionário destratar um passageiro e comecei a filmar”, conta o cirurgião.
Em nota enviada ao G1, a Gol disse lamentar o ocorrido e informou que o voo G3 9038, que operaria o trecho Galeão/Rio de Janeiro para Goiânia, no domingo, foi cancelado devido a "manutenção não programada para ajustes no equipamento de navegação da aeronave". A empresa pediu desculpas pelo desconforto causado pelo cancelamento do voo. Sobre a gravação feita pelo cliente, a companhia afirma que vai analisá-las, investigar o que ocorreu e tomará as medidas cabíveis.
Nas imagens, o funcionário aparece inicialmente calado, sem responder às solicitações dos clientes. Calil se aproxima e informa que é médico e que tem uma cirurgia agendada para as 7h de segunda-feira (16), mas segue sem resposta sobre o voo.
Segundo Calil, ao perceber que estava sendo filmado, o funcionário da Gol teria ficado irritado. “Ele começou a falar palavrões e veio na minha direção. Tomou o celular da minha mão e segurou com força no meu braço. Eu disse que ele não podia fazer aquilo e que não era uma conduta adequada, mas ele continuou batendo boca, não apenas comigo, mas com outras pessoas que estavam lá”, relata. Nesse momento, a filmagem para e em seguida é retomada, já quando clientes e o funcionário discutem.
“Ele chegou a retirar o celular da minha mão e confiscou, pois eu disse que iria divulgar a má qualidade dos serviços prestados. Quando eu disse que iria chamar a polícia, ele acabou me devolvendo e eu retomei a gravação. Mas ele continuou xingando sem se intimidar. Todos ficamos estarrecidos com a atitude dele”, ressaltou o médico.

Juscelino foi assassinado...

Ainda não existe nenhuma prova inequívoca (indiscutível) de que o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek tenha sido assassinado (em 1976) por agentes da ditadura militar. Recordando: no campo criminal, possibilidade ou probabilidade não significa certeza. Mas se isso ocorreu, está dentro da lógica do exercício do poder autoritário (pouco importando se de direita ou de esquerda), que constitui uma conturbada relação social, historicamente regada a muito sangue, especialmente nos países menos avançados e colonizados (como é o caso do Brasil).
Muitos dos progressos da modernidade europeia (desenhados no século XVIII) não chegaram (até hoje) em alguns territórios colonizados. Um deles é o tabu do sangue, que significou uma drástica redução das mortes naquele continente, com menos de 3 para cada 100 mil habitantes (veja Pinker, 2013, p. 105 e ss.). A América Latina conta com uma média próxima de 27 mortes para cada 100 mil. O que explica essa diferença?
Desde logo, o seguinte: o ser humano é um “animal domesticado” (Nietzsche). Antes de tudo, animal. Quanto mais domesticado, mais o poder é horizontalmente democrático (e menos violento). Quanto menos domesticado, mais o poder é verticalmente autoritário (e mais violento). A diferença de domesticação (educação, socialização) constitui um dos fatores explicativos da distância enorme entre a Europa e a América Latina no que diz respeito às taxas de homicídios. Se fora daqueles momentos de guerra declarada já somos muito violentos, claro que essa violência aumenta em tempos de exceção (em tempos de ditadura). Trata-se, nesse caso, de uma violência decorrente do exercício do poder.

Nenhum comentário :

Postar um comentário