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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Telecom Italia, pode vender ações

A ação da Telecom Italia, dona da TIM, registrou hoje valorização de 8,39% no pregão da bolsa de Milão, a 0,607 euro. Em reflexo à expectativa de uma reestruturação acionária na companhia italiana, o preço do papel atingiu o maior patamar desde o fim de maio.
A ação chegou a ter as negociações suspensas na bolsa de Milão, por conta das especulações de compra, e encerrou o dia na liderança do índice FTSE MIB. Na máxima, o papel chegou a avançar 9,6%.
Diante do elevado endividamento, a Telecom Italia pode ter de lançar mão de um aumento de capital para manter o grau de investimento de seus papéis ? classificação atribuída por agências de risco que permite à empresa fazer captações no mercado a preços mais baixos. "A Telecom Italia é uma boa opção para investidores estratégicos, sendo a Telefónica, a America Movil e a Hutchison Whampoa os mais prováveis compradores", afirma a casa de pesquisa CreditSights.
Segundo o jornal "La Repubblica", o empresário egípcio Naguib Sawiris é o candidato favorito a adquirir uma fatia na Telecom Italia. Outras reportagens apontam que a AT&T também estaria entre os possíveis compradores.
As três principais agências de risco globais ameaçam rebaixar o papel da Telecom Italia para grau especulativo. A Standard & Poor's atribui a nota "BBB-" ? a última antes do grau especulativo ? com perspectiva negativa, o que significa uma possibilidade de rebaixamento no prazo de 12 meses. A Fitch impõe as mesmas classificações que a S&P, acrescentando que "com a evolução competitiva e regulatória, a melhora da eficiência nas operações e em investimentos pode não ser suficiente para preservar a rentabilidade" da Telecom Italia.
A Moody's, também no mês passado, colocou as notas da maior operadora de telecomunicações da Itália em revisão para possível rebaixamento, "devido a deterioração da receita e do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) domésticos, resultantes da piora econômica, do aumento do desemprego, os efeitos regulatórios adversos e a competição mais intensa na Itália". A classificação atual é Baa3, apenas um degrau antes de o papel ser considerado especulativo.



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