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domingo, 21 de julho de 2013

HISTORIA DE ITABUNA

Histórico da Bandeira e Brasão Municipal
A história das bandeiras e brasões de Itabuna tem quase 50 anos.
Os primeiros símbolos sugeridos pelo professor Plínio de Almeida e Walter Moreira, artista plástico, foram aprovados por meio da Resolução n° 46 de 14 de julho de 1958. Essa bandeira e o brasão homenageavam os sergipanos e a cultura do cacau.
Em 1960, por decisão do prefeito José de Almeida Alcântra em dotar Itabuna de uma bandeira baseada em princípios de heráldica, foi solicitado ao Monsenhor Paulo Lachenmyer, da Ordem dos Beneditinos da Bahia, e, especialista em heráldica, uma outra bandeira e brasão, para comemorar o cinqüentenário de emancipação do município, já que os anteriores não possuíam fundamentos heráldicos.
A Câmara Municipal aprovou o projeto por meio da Lei de n° 457 de 4 de maio de 1960, desconsiderando e revogando a primeira bandeira e brasão de Itabuna.
Em 1961, a Câmara Municipal adotou como logomarca, nos papéis oficiais, o brasão, cujas pedras tinham a base (da pirâmide) para cima. Até então, nos papéis da Câmara Municipal era usado como logomarca, o brasão da República.
Em 1968, no livro de José Dantas de Andrade, Documentário Histórico de Itabuna, baseado no seu grande acervo sobre Itabuna, encontram-se na bandeira e no brasão de Itabuna as três pedras com a base para cima.
Em 1983, surge uma nova versão para posição das pedras que deveriam ter a base para baixo. Nessa época deveria ter se partido para as alterações que fossem necessárias e devidamente aprovadas pela Câmara Municipal, evitando que estudantes e a população em geral convivessem com a dúvida por tanto tempo.

Primeiro vieram os tropeiros

O município de Itabuna surgiu com a vinda de tropeiros e viajantes sertanejos e sergipanos que passavam por aqui em direção à Vila Imperial da Vitória da Conquista. Após longas e cansativas caminhadas mata adentro, enfrentando índios, eles buscavam descanso no lugarejo chamado Vila de Ferradas, local onde os tropeiros e viajantes ferravam seus animais, os quais tinham que enfrentar as estradas lamacentas e pedregosas existentes na região.
Em 1857, o sergipano Félix Severino de Oliveira saiu de sua terra natal (Chapada dos Índios - SE) com destino a Ilhéus em busca de terras muito boas que existiam por esta zona, das quais muito ouvira falar. Na localidade de Banco da Vitória, onde já existiam algumas casas e roças, Félix Severino conheceu Manoel Constantino e com ele seguiu até próximo a Ferradas, andando mais de 30 quilômetros por estrada que se dirigia ao sertão.
Nas imediações de uma ilha fluvial (hoje Ilha do Jegue), os dois desbravadores escolheram o local para uma roça, construindo ali uma pequena cabana. Foi assim que foi construída a primeira casa de Itabuna, no local que ficou conhecido como “Marimbeta” (hoje Bairro Conceição).

O nome Itabuna e sua origem

Antes de sua emancipação, Itabuna era conhecida como “Tabocas”, nome que seus moradores não tinham muita simpatia e até torciam o nariz quando tinham que endereçar correspondências. Enquanto os entusiastas pelo desmembramento da antiga vila do município de Ilhéus travavam verdadeira batalhas nesse sentido, um outro nome era motivo de acaloradas discussões para denominar a futura cidade.
Uns queriam “Firmino Alves”, outros “Henrique Alves”, o impasse acirrava os ânimos dessas discussões. Os antigos moradores da vila gostariam também de dar sua parcela de colaboração e, numa demonstração de contumazes gozadores, chegaram a sugerir nomes surgidos do folclore local.
Devido a uma colônia de estrangeiros fundada no século dezoito, que nunca conseguia pronunciar o nome correto e insistentemente chamavam-no de “Cachuêrra du Tabuna” logo assimilado pelos moradores do local) o nome “Itabuna” acabou mesmo prevalecendo.

Vila de Itabuna

Desde que foi fundado pelo Coronel José Firmino Alves, o arraial de Tabocas não parava de crescer. A população, formada por sergipanos, sertanejos, sírios, libaneses e outros de regiões do próprio estado da Bahia, já ultrapassava “2 mil almas”, e a lavoura (o cacau) já era considerada a mais importante do mundo.
Em 1897, numa petição datada de 10 de maio, assinada pelos influentes cidadãos da comunidade, foi feita uma solicitação ao Conselho Municipal de Ilhéus para que Tabocas fosse elevada à categoria de vila, cujo pedido foi negado.
Mas o eleitorado de Tabocas não desistiu. Oito anos depois, em 18 de julho de 1906, subscrita por um terço do eleitorado local, foi dirigida ao governo do estado uma mensagem solicitando a criação do município. No documento, o Coronel Firmino Alves comprometia-se a doar o terreno para os edifícios da Intendência, cadeia, Tribunal do Júri e demais dependências para a instalação do termo.

Rua da Areia foi ou não berço de Itabuna?

A rua da Areia surgiu a partir de um aglomerado de casas que se situavam à margem esquerda do rio Cachoeira, em frente à Ilha do Jegue. Esta aglomeração teve início nas imediações do princípio da antiga rua da Jaqueira, seguindo o curso do rio até o ribeirão da Taboquinha.
A história acusa que esta rua foi responsável pela implantação do primeiro comércio de Itabuna através das casas compradoras de cacau, atraindo, inclusive, o coronel José Firmino Alves que transferiu seu estabelecimento comercial da ‘Burundanga” para a rua da Areia (hoje praça Olinto Leone).

Firmino Alves, o fundador

Com a chegada dos parentes de Félix Severino do Amor Divino, veio o sobrinho coronel José Firmino Alves, que ajudou seus tios e pais no desbravamento das matas, destacando-se pela ousadia, bravura e coragem com que enfrentava os grandes perigos da época. Em 1867, dez anos após ele ter chegado a esta região, resolveu estabelecer-se no lugar chamado Burundanga, onde montou uma casa de negócio, prosperando bastante, ganhando conceito, respeito e credibilidade, o que o levou a fundar o arraial de tabocas, em 1873.
Na Burundanga, Firmino Alves construiu algumas casas de residência, uma rancharia e uma escola. O seu comércio recebeu o nome de “Pouso das Tropas”, porque no local, negociantes vindos do sertão, trazendo produtos como manteiga, requeijão, carne e também animais e gado paravam para descansarem de longas viagens.

...E Itabuna virou cidade

Itabuna foi elevada à categoria de cidade em 28 de julho de 1910 através da Lei nº 807. A elevação à cidade ocorreu por decreto da Assembléia Legislativa e sancionado pelo governador do estado.
Na época, o presidente do Conselho Municipal (hoje Câmara de Vereadores de Itabuna) era o coronel Firmino Ribeiro de Oliveira, mas quem recebeu e deu “ciente” ao documento em que constava a Lei que oficializava “o desmembramento do município de Ilhéus, o distrito de Tabocas, que por si só constituiria um novo município, Vila e Termo, com a denominação de Itabuna”, foi o presidente em exercício, coronel Tertuliano Guedes de Pinho.

O Poder Executivo

 Olinto  Leone foi o primeiro intendente a assumir, em  1906. Olinto Leone passou a intendência aos substitutos legais: os presidentes do Conselho Municipal. Primeiro assumiu Firmino Ribeiro de Oliveira, e depois, com a sua morte, em 1912, o cargo foi ocupado  por Antônio Gonçalves Brandão que  inaugurou o serviço de iluminação pública de acetileno. Em 1915, Antônio Gonçalves Brandão entregou o governo a Manoel Fonseca Dórea,  entretanto ele cedeu o cargo, a Adolfo Leite, que governou até  1920 quando foi substituído por José Kruschewsk. 
No governo de Kruschewsky foi inaugurada a ponte sobre o ribeirão da cidade, ligando a rua Miguel Calmon a rua Barão do Rio Branco. Em 1º de janeiro de 1924, Gileno Amado substituiu José Kruschewsky, porém só ficou no cargo até 20 de março assumindo o presidente do conselho, o advogado Laudelino Lorenz, que governou até 1926, sendo substituído por Henrique Alves.
No governo de Henrique Alves foi construída a ponte do Góes Calmon, obra conseguida  junto ao governador do estado, Francisco Marques de Góes Calmon, ligando o centro da cidade ao bairro Conceição. Góes Calmon, que deu origem ao nome, compareceu a sua inauguração, em 1928, quando era prefeito Benjamin de Andrade, que assumiu o governo municipal  de 1928 a 1930.

Em seguida foram prefeitos Glicério Lima, que governou até 1932; Claudionor Silvestre Alpoim, que governou até  1937, que foi deposto do cargo pelo regime chamado “Estado Novo”. 


Os meios de comunicação de Itabuna

Hoje Itabuna, tem o jornal “Agora”, fundado em 1981por José Oliveira e Ramiro Aquino, “A Região”, fundado em 1987 por Manoel Leal e Hélio Pólvora e o “DiárioBahia”, antes Diário do Sul fundado em 1999 por Valdenor Ferreira. 
     Em setembro de 1956, entrou no ar a primeira emissora da cidade, a “Rádio Clube de Itabuna” que depois mudou o nome para “Radio Nacional de Itabuna”, no momento fora do ar desde o dia 14 de julho devido a queima de aparelhos no sistema de transmissão . 
   
      Em seguida vieram a “Rádio Difusora Sul da Bahia”, em  1960 e a “Rádio Jornal”, fundada em  1963. 
      Em 1980 foi inauguradaa a Musical FM. Em seguida veio a “Morena FM”  em  1987
      Em 1995 é inaugurada a rádio “FM Sul”. 
      A primeira  TV  foi a Cabrália, inaugurada em  1987, mesmo ano em que nasceu o jornal A Região e a rádio Morena FM. 
      Em  1988, nasceu a TV Santa Cruz. 

 lista dos intendentes e prefeitos da cidade de Itabuna

01 - Olinto Leone de 1906 a 1912

02 - Antonio Gonçalves Brandão de 1912 a 1915
03 - Manoel Fonseca Dorea de 1915 a 1918
04 - Adofo Leite de 1918 a 1920
05 - Jose Kruschewsky de 1920  a ( 1924 
06 - Laudelino Lorenz de 1924 a 1926
07 - Henrique Alves  de 1926 a 1928
08 - Benjamin de Andrade de 1928 a 1930
09 - Glicerio Lima  de 1930 a 1932
10 - Claudionor Silvestre de 1932 a 1937
11 - José Almeida Alcântara de 1959 a 1963
12 - José Almeida Alcântara de 1967 a 1968 Faleceu em 1968
13 - Raimundo Lima "interino" em 1968
14 - Fernando Almeida Cordier de 1968 a 1972
15 -José Oduque Teixeira de 1973 a 1977
16 -  Fernando Gomes de Oliveira de 1978 a 1982
17 - Ubaldo Porto Dantas de 1983 a  1989 
18 - Fernando Gomes Oliveira de 1989 a 1992
19 -  Geraldo Simões de 1993 a 1996
20 -  Fernando Gomes de Oliveira de 1997 a 2000
21 - Geraldo Simões  de 2001 a 2004
22 -  Fernando Gomes de Oliveira de 2005 a 2008
23 - José Nilton Azevedo de 2009 a 2012
24 - Claudivane Leite 2013.

Fotos antigas e novas de Itabuna.

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