A história das bandeiras e brasões de Itabuna tem quase 50 anos.
Os primeiros símbolos sugeridos pelo professor Plínio de Almeida e
Walter Moreira, artista plástico, foram aprovados por meio da Resolução n° 46
de 14 de julho de 1958. Essa bandeira e o brasão homenageavam os sergipanos e a
cultura do cacau.
Em 1960, por decisão do prefeito José de Almeida Alcântra em dotar
Itabuna de uma bandeira baseada em princípios de heráldica, foi solicitado ao
Monsenhor Paulo Lachenmyer, da Ordem dos Beneditinos da Bahia, e, especialista
em heráldica, uma outra bandeira e brasão, para comemorar o cinqüentenário de
emancipação do município, já que os anteriores não possuíam fundamentos
heráldicos.
A Câmara Municipal aprovou o projeto por meio da Lei de n° 457 de 4 de
maio de 1960, desconsiderando e revogando a primeira bandeira e brasão de
Itabuna.
Em 1961, a Câmara Municipal adotou como logomarca, nos papéis oficiais,
o brasão, cujas pedras tinham a base (da pirâmide) para cima. Até então, nos
papéis da Câmara Municipal era usado como logomarca, o brasão da República.
Em 1968, no livro de José Dantas de
Andrade, Documentário Histórico de Itabuna, baseado no seu grande
acervo sobre Itabuna, encontram-se na bandeira e no brasão de Itabuna as três
pedras com a base para cima.
Em 1983, surge uma nova versão para posição das pedras que deveriam ter
a base para baixo. Nessa época deveria ter se partido para as alterações que
fossem necessárias e devidamente aprovadas pela Câmara Municipal, evitando que
estudantes e a população em geral convivessem com a dúvida por tanto tempo.
Primeiro vieram os tropeiros
O município de Itabuna surgiu com a vinda de tropeiros e viajantes
sertanejos e sergipanos que passavam por aqui em direção à Vila Imperial da
Vitória da Conquista. Após longas e cansativas caminhadas mata adentro,
enfrentando índios, eles buscavam descanso no lugarejo chamado Vila de
Ferradas, local onde os tropeiros e viajantes ferravam seus animais, os quais
tinham que enfrentar as estradas lamacentas e pedregosas existentes na região.
Em 1857, o sergipano Félix Severino de Oliveira saiu de sua terra natal
(Chapada dos Índios - SE) com destino a Ilhéus em busca de terras muito boas
que existiam por esta zona, das quais muito ouvira falar. Na localidade de
Banco da Vitória, onde já existiam algumas casas e roças, Félix Severino
conheceu Manoel Constantino e com ele seguiu até próximo a Ferradas, andando
mais de 30 quilômetros por estrada que se dirigia ao sertão.
Nas imediações de uma ilha fluvial (hoje Ilha do Jegue), os dois
desbravadores escolheram o local para uma roça, construindo ali uma pequena
cabana. Foi assim que foi construída a primeira casa de Itabuna, no local que
ficou conhecido como “Marimbeta” (hoje Bairro Conceição).
O nome
Itabuna e sua origem
Antes de sua emancipação, Itabuna era conhecida como “Tabocas”,
nome que seus moradores não tinham muita simpatia e até torciam o nariz quando
tinham que endereçar correspondências. Enquanto os entusiastas pelo
desmembramento da antiga vila do município de Ilhéus travavam verdadeira
batalhas nesse sentido, um outro nome era motivo de acaloradas discussões para
denominar a futura cidade.
Uns queriam “Firmino Alves”, outros “Henrique Alves”, o impasse
acirrava os ânimos dessas discussões. Os antigos moradores da vila gostariam
também de dar sua parcela de colaboração e, numa demonstração de contumazes
gozadores, chegaram a sugerir nomes surgidos do folclore local.
Devido a uma colônia de estrangeiros fundada no século dezoito,
que nunca conseguia pronunciar o nome correto e insistentemente chamavam-no de
“Cachuêrra du Tabuna” logo assimilado pelos moradores do local) o nome
“Itabuna” acabou mesmo prevalecendo.
Vila de
Itabuna
Desde que foi fundado pelo Coronel José Firmino Alves, o arraial
de Tabocas não parava de crescer. A população, formada por sergipanos,
sertanejos, sírios, libaneses e outros de regiões do próprio estado da Bahia,
já ultrapassava “2 mil almas”, e a lavoura (o cacau) já era considerada a mais
importante do mundo.
Em 1897, numa petição datada de 10 de maio, assinada pelos
influentes cidadãos da comunidade, foi feita uma solicitação ao Conselho
Municipal de Ilhéus para que Tabocas fosse elevada à categoria de vila, cujo
pedido foi negado.
Mas o eleitorado de Tabocas não desistiu. Oito anos depois, em
18 de julho de 1906, subscrita por um terço do eleitorado local, foi dirigida
ao governo do estado uma mensagem solicitando a criação do município. No
documento, o Coronel Firmino Alves comprometia-se a doar o terreno para os
edifícios da Intendência, cadeia, Tribunal do Júri e demais dependências para a
instalação do termo.
Rua da
Areia foi ou não berço de Itabuna?
A rua da Areia surgiu a partir de um aglomerado de casas que se
situavam à margem esquerda do rio Cachoeira, em frente à Ilha do Jegue. Esta
aglomeração teve início nas imediações do princípio da antiga rua da Jaqueira,
seguindo o curso do rio até o ribeirão da Taboquinha.
A história acusa que esta rua foi responsável pela implantação
do primeiro comércio de Itabuna através das casas compradoras de cacau,
atraindo, inclusive, o coronel José Firmino Alves que transferiu seu
estabelecimento comercial da ‘Burundanga” para a rua da Areia (hoje praça
Olinto Leone).
Firmino
Alves, o fundador
Com a chegada dos parentes de Félix Severino do Amor Divino,
veio o sobrinho coronel José Firmino Alves, que ajudou seus tios e pais no
desbravamento das matas, destacando-se pela ousadia, bravura e coragem com que
enfrentava os grandes perigos da época. Em 1867, dez anos após ele ter chegado
a esta região, resolveu estabelecer-se no lugar chamado Burundanga, onde montou
uma casa de negócio, prosperando bastante, ganhando conceito, respeito e
credibilidade, o que o levou a fundar o arraial de tabocas, em 1873.
Na Burundanga, Firmino Alves construiu algumas casas de
residência, uma rancharia e uma escola. O seu comércio recebeu o nome de “Pouso
das Tropas”, porque no local, negociantes vindos do sertão, trazendo produtos
como manteiga, requeijão, carne e também animais e gado paravam para descansarem
de longas viagens.
...E
Itabuna virou cidade
Itabuna foi elevada à categoria de cidade em 28 de julho de 1910
através da Lei nº 807. A elevação à cidade ocorreu por decreto da Assembléia
Legislativa e sancionado pelo governador do estado.
Na época, o presidente do Conselho Municipal (hoje Câmara de
Vereadores de Itabuna) era o coronel Firmino Ribeiro de Oliveira, mas quem
recebeu e deu “ciente” ao documento em que constava a Lei que oficializava “o
desmembramento do município de Ilhéus, o distrito de Tabocas, que por si só
constituiria um novo município, Vila e Termo, com a denominação de Itabuna”,
foi o presidente em exercício, coronel Tertuliano Guedes de Pinho.
O Poder
Executivo
O engenheiro Olinto Batista Leone foi o primeiro intendente a
assumir, em 1º de janeiro de 1906, o cargo de titular do Poder Executivo de
Itabuna (na época ainda Vila). Sua administração foi voltada para melhorar o
visual urbano, alinhando e calçando ruas, agindo com energia na proibição de
novas construções sem suas plantas arquitetônicas devidamente aprovadas.
Após dois anos de trabalho intenso, Olinto Leone teve problemas
de saúde, o que o levou a passar a intendência aos substitutos legais: os
presidentes do Conselho Municipal. Primeiro assumiu Firmino Ribeiro de
Oliveira, e depois, com a sua morte, ocorrida em 28 de fevereiro de 1912, o
cargo foi ocupado definitivamente por Antônio Gonçalves Brandão.
Assim que assumiu o cargo Antônio Brandão inaugurou o serviço de
iluminação pública de acetileno, e continuou os trabalhos iniciados na gestão
de Olinto Leone.
Em 31 de janeiro de 1915, Antônio Gonçalves Brandão entregou o
governo (já elevado à categoria de município) a Manoel Fonseca Dórea, que em
maio do mesmo ano inaugurou o serviço de iluminação elétrica sob a administração
da Companhia de Luz e Força. Manoel da Fonseca, entretanto, cedeu o cargo, após
três anos de mandato, a Adolfo Leite, que governou até 22 de setembro de 1920
quando foi substituído por José Kruschewsky, que deixou algumas marcas de sua
administração, completando o calçamento da praça Adami para a instalação da
feira livre, em 2 de junho de 1922.
No governo de Kruschewsky foi inaugurada a ponte sobre o
ribeirão da cidade, ligando a rua Miguel Calmon ao bairro da Taboquinha (rua
Barão do Rio Branco). Em 1º de janeiro de 1924, Gileno Amado substituiu José
Kruschewsky, porém só ficou no cargo até 20 de março quando aceitou
candidatar-se a deputado, assumindo o presidente do conselho, o advogado
Laudelino Lorenz, que governou até 1º de janeiro de 1926, sendo substituído
pelo coronel Henrique Alves dos Reis.
No governo de Henrique Alves foi construída a ponte do Góes
Calmon, obra conseguida graças a seu prestígio junto ao governador do estado,
Francisco Marques de Góes Calmon, ligando o centro da cidade ao bairro
Conceição. Góes Calmon, que deu origem ao nome, compareceu a sua inauguração,
em 1928, quando era prefeito Benjamin de Andrade, que assumiu o governo
municipal em 1º de janeiro de 1928 a 24 de outubro de 1930.
Em seguida foram prefeitos Glicério Lima, que governou até 21 de setembro de 1932; Claudionor Silvestre Alpoim, que governou até 10 de novembro de 1937, deposto do cargo pelo regime chamado “Estado Novo”. Claudionor Alpoim realizou uma administração visando melhorar a cidade, levantando a planta cadastral. Foi também o responsável pela implantação dos serviços de água e esgoto do município
.
Os meios de comunicação de Itabuna
Hoje Itabuna, tem o jornal “Agora”,
fundado em 28 de julho de 1981por José Oliveira e Ramiro Aquino, “A Região”,
fundado em 27 de abril de 1987 por Manoel Leal e Hélio Pólvora e o “DiárioBahia”,
antes Diário do Sul fundado em 4 de maio de 1999 por Valdenor Ferreira.
Nas cidades de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus e Jequié já havia emissoras de rádio quando, em setembro de 1956, entrou no ar a primeira emissora da cidade, a “Rádio Clube de Itabuna” que depois mudou o nome para “Radio Nacional de Itabuna”, no momento fora do ar desde o dia 14 de julho devido a queima de aparelhos no sistema de transmissão .
Novidade para a cidade, a rádio era liderada por nomes importantes como Ottoni Silva, Gerson Souza, Zildo Guimarães, Miguel Fernandes Moreira, Reinaldo Sepúlveda, Joel Nery, Armando Mendes, entre outros.
Em seguida vieram a “Rádio Difusora Sul da Bahia”, em 21 de abril de 1960, mesma data em que foi fundada Brasília e a “Rádio Jornal”, fundada em 27 de outubro de 1963.
17 anos depois da inauguração da ultima rádio AM na cidade, surge a “Musical FM”. A nova emissora inaugurou “um novo tipo e padrão de profissionais para o rádio”, como por exemplo a implantação da figura do locutor/operador, não usada até então.
Em seguida veio a “Morena FM” que entrou definitivamente no ar em 6 de dezembro de 1987 depois de muitas turbulências e quebrou diversos tabús do FM baiano, desde o uso de equipamentos digitais até o jornalismo profissional neste tipo de emissora.
Em 1° de dezembro de 1995 é inaugurada a rádio “FM Sul”, que continua no ar.
A primeira emissora de TV da cidade foi a Cabrália, inaugurada em 12 de dezembro de 1987, mesmo ano em que nasceu o jornal A Região e a rádio Morena FM, fato que revolucionou a comunicação regional.
Um ano depois, em 5 de novembro de 1988, nasce a TV Santa Cruz, afiliada da Rede Globo.
Nas cidades de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus e Jequié já havia emissoras de rádio quando, em setembro de 1956, entrou no ar a primeira emissora da cidade, a “Rádio Clube de Itabuna” que depois mudou o nome para “Radio Nacional de Itabuna”, no momento fora do ar desde o dia 14 de julho devido a queima de aparelhos no sistema de transmissão .
Novidade para a cidade, a rádio era liderada por nomes importantes como Ottoni Silva, Gerson Souza, Zildo Guimarães, Miguel Fernandes Moreira, Reinaldo Sepúlveda, Joel Nery, Armando Mendes, entre outros.
Em seguida vieram a “Rádio Difusora Sul da Bahia”, em 21 de abril de 1960, mesma data em que foi fundada Brasília e a “Rádio Jornal”, fundada em 27 de outubro de 1963.
17 anos depois da inauguração da ultima rádio AM na cidade, surge a “Musical FM”. A nova emissora inaugurou “um novo tipo e padrão de profissionais para o rádio”, como por exemplo a implantação da figura do locutor/operador, não usada até então.
Em seguida veio a “Morena FM” que entrou definitivamente no ar em 6 de dezembro de 1987 depois de muitas turbulências e quebrou diversos tabús do FM baiano, desde o uso de equipamentos digitais até o jornalismo profissional neste tipo de emissora.
Em 1° de dezembro de 1995 é inaugurada a rádio “FM Sul”, que continua no ar.
A primeira emissora de TV da cidade foi a Cabrália, inaugurada em 12 de dezembro de 1987, mesmo ano em que nasceu o jornal A Região e a rádio Morena FM, fato que revolucionou a comunicação regional.
Um ano depois, em 5 de novembro de 1988, nasce a TV Santa Cruz, afiliada da Rede Globo.
lista dos intendentes e prefeitos da cidade de Itabuna
nº
|
Nome
|
Período
|
Cargo
|
1
|
1906 (jan)
- 1912 (fev)
|
||
2
|
1912 (fev)
- 1915 (jan)
|
||
3
|
1915 (jan)
- 1918 (?)
|
||
4
|
1918 (?) -
1920 (set)
|
||
5
|
1920 (set)
- 1924 (jan)
|
||
5
|
1924 (jan)
- 1924 (mar)
|
||
6
|
1924 (mar)
- 1926 (jan)
|
||
7
|
1926 (jan)
- 1928 (jan)
|
||
8
|
1928 (jan)
- 1930 (out)
|
||
9
|
1930 (out)
- 1932 (set)
|
||
10
|
1932 (set)
- 1937 (nov)
|
||
...
|
|||
11
|
1959 -
1963
|
Deputado
estadual pela União Democrática Nacional-UDN, 1963-1967
|
|
...
|
|||
12
|
1967 -
1968 (abr)
|
Falecimento
em 7 de abril de 1968
|
|
13
|
1968 (abr)
- 1968 (?)
|
Interino
|
|
14
|
1968 (?) -
1972 (dez)
|
||
15
|
1973 (jan)
- 1977 (dez)
|
||
16
|
1978 (jan)
- 1982 (dez)
|
||
17
|
1983 (jan)
- 1989 (jan)
|
||
18
|
1989 (jan)
- 1992 (dez)
|
||
19
|
1993 (jan)
- 1996 (dez)
|
||
20
|
1997 (jan)
- 2000 (dez)
|
||
21
|
2001 (jan)
- 2004 (dez)
|
||
22
|
2005 (jan)
- 2008 (dez)
|
||
23
|
2009 (jan)
- 2012 (dez)
|
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