Desde
que começaram, os protestos em todo País pareciam não ter mais fim. O movimento
teve início na cidade de São Paulo, lutando contra o aumento nas tarifas de
ônibus, e logo as mobilizações pelas redes sociais ampliaram o clamor de uma
população que está cansada de ver tantas injustiças. Em pouco tempo, eram
milhares de manifestantes espalhados por diversas cidades do Brasil, com listas
de reivindicações.
Vinte
e um anos depois do ato que ficou conhecido como “os caras pintadas”, que
exigia o impeachment do então presidente Fernando Collor, o movimento atual não
tem como alvo um político específico ou partido determinado; a insatisfação é
contra a corrupção, contra o atual estado das coisas. Em um determinado
momento, chegou a ser definido pelos críticos como “um movimento contra tudo”.
Esse despertamento acontece às vésperas de um ano eleitoral, quando os cidadãos
terão a oportunidade de, efetivamente, fazer valer o seu maior poder: eleger
seus representantes em 2014. O melhor protesto é votar certo já que boa parte
da população não se sente mais representada pelo governo, as pessoas querem
renovação diante do desgaste da classe política.
Depois
de o Brasil assistir atônito a várias manifestações, muitas capitais tiveram
revogados seus aumentos na tarifa de ônibus. Os protestos, porém, não
terminaram. A população continuou saindo às ruas. Muitos manifestantes com
reivindicações legítimas, de forma pacífica, enquanto outros aproveitavam a
multidão para fazer tumulto e vandalismo, em manifestações marcadas por
confrontos com policiais e cenas de violência. Fazendo alusão ao Hino Nacional,
que descreve o País como “gigante pela própria natureza” e diz que está
“deitado eternamente em berço esplêndido”, as redes sociais afirmam que “o
gigante despertou”.
No
entanto, somente o próximo ano será decisivo para analisar se o gigante
realmente despertou. O primeiro sinal de que isso aconteceu será os eleitores
não se deixarem levar por qualquer carinha bonita ou discurso simpático de
“salvador da pátria”, não se deixar iludir pelas belas imagens das propagandas.
O eleitor que realmente despertou vai procurar fazer uma escolha racional de
seus representantes, sem se deixar levar por rumores, procurando se informar
melhor antes de acreditar em toda notícia alarmista divulgada em período
eleitoral.
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