Para o pentecostalismo Deus é capaz de provocar mudanças
concretas e materiais na vida do fiel, caso ele se devote. No catolicismo tal
mudança depende do indivíduo, que em Deus encontra um aporte.
Para a Igreja Católica, o que muda a sociedade é o comportamento
dos cristãos, a mudança não vem de Deus. A sobre a visita do papa Francisco ao
Brasil para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro
(RJ). Tal visita estaria ligada a uma necessidade dos católicos de aproximar a
Igreja dos debates do povo, e aumentar sua relação com o combate à pobreza e os
problemas sociais. A visita do papa teria ainda o objetivo de uma inclusão do
catolicismo nos debates sobre questões como a legalização do aborto e o
casamento gay.
Especialistas como o padre Pedro Gilberto Gomes, professor da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) defendem que é necessário que
o catolicismo deixe de ser uma religião apenas declarativa para se tornar uma
prática e um compromisso real entre seus fiéis.
- Quando você é apenas declarativo, você pode mudar de religião
de acordo com o momento em que está vivendo, em busca de respostas mais rápidas
e concretas – explica Gomes.
O catolicismo é marcado por um fenômeno chamado “cristianismo
popular”, de forma que seus fiéis tem uma fraca influência dos dogmas do
Vaticano e são influenciados por uma série de sincretismos (fusão de doutrinas
de diversas origens), que não necessariamente implicam em uma fidelidade à
Igreja Católica.
Na falta de outro espaço
religioso onde essa religiosidade possa se manifestar, as pessoas vão para a
Igreja Católica.
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