Depois de
ver sua popularidade despencar, a presidente Dilma Rousseff, que reuniu ontem
36 de seus 39 ministros na Granja do Torto, envia hoje ao Congresso uma
proposta de plebiscito para uma reforma política, com a ressalva de que os
partidos e os políticos é que definirão o que será perguntado. Apesar da
atenção aos partidos e da esperança manifestada de que as alterações possam ser
implementadas para as eleições do ano que vem, uma reforma política que valha
já em 2014 começa a se tornar um sonho cada vez mais distante.
Dos 513 deputados, cerca de 240 pertencem aos três partidos da oposição
e aos quatro partidos da base governista cujas lideranças já se colocaram
publicamente contra a convocação de uma consulta popular ainda este ano. O
tema, no entanto, ainda divide outras bancadas, inclusive a do próprio PT.
Para realizar o plebiscito o Congresso precisa aprovar um projeto de
decreto legislativo, por maioria simples — ou seja, metade mais um dos
presentes na votação. Este grupo de partidos que já pronunciou contra a consulta
popular este ano, por meio de seus líderes, reúne 239 votos na Câmara, um
quórum bem próximo de 257, que é maioria absoluta dos deputados. Além dos três
maiores partidos de oposição — PSDB, DEM e PPS —, são contra o plebiscito este
ano o PMDB, PP, PTB e PSC. Postagem: Jornal da Mídia
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