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sábado, 10 de agosto de 2019

Memória literária: Jorge Amado


Jorge Amado nasceu em Itabuna, no dia 10 de agosto de 1912 e morreu em Salvador no dia 6 de agosto de 2001 foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos. Integrou os quadros da intelectualidade comunista brasileira desde o final da primeira metade do século XX - ideologia presente em várias obras, como a retratação dos moradores do trapiche baiano em Capitães da Areia, de 1937. 


É o autor mais adaptado do cinema, do teatro e da televisão. Verdadeiros sucessos como Dona Flor e Seus Dois Maridos, Tenda dos Milagres, Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Tereza Batista Cansada de Guerra foram criações suas. A obra literária de Jorge Amado – 49 livros, ao todo – também já foi tema de escolas de samba por todo o País. Seus livros foram traduzidos em 80 países, em 49 idiomas, bem como em braille e em fitas gravadas para cegos.

Jorge foi registrado no povoado de Ferradas, filho mais velho do Coronel João Amado de Faria e de Eulália Leal. Teve outros três irmãos: Jofre, Joelson e James. Ele viveu a infância em Ilhéus, local que lhe serviu de inspiração para vários romances.

adolescente, aos 14 anos, começou efetivamente a participar da vida literária, em Salvador. Foi um dos fundadores da "Academia dos Rebeldes", grupo de jovens que desempenhou um importante papel na renovação da literatura baiana.

Foi para o Rio de Janeiro, então a capital do País, para estudar na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tornou-se um jornalista, e envolveu-se com a política ideológica comunista, como muitos de sua geração. Em 1946 foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) em São Paulo, o que lhe rendeu fortes pressões políticas. 

A sua obra é uma das mais significativas da moderna ficção brasileira, sendo voltada essencialmente às raízes nacionais. São temas constantes nela os problemas e injustiças sociais, o folclore, a política, as crenças, as tradições e a sensualidade do povo brasileiro, contribuindo assim para a divulgação deste aspecto do mesmo.

Foi casado com a também escritora Zélia Gattai, a qual o sucedeu em 2002 na cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras. Com ela, teve dois filhos: João Jorge (nascido em 25 de novembro de 1947) e Paloma Jorge (nascida em 19 de agosto de 1951). Teve ainda outra filha, Eulália Dalila Amado (nascida em 1935, que morreu precocemente quando tinha apenas 14 anos.

Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga(1951 a 1952). Como um escritor profissional, viveu quase que exclusivamente dos direitos autorais de seus livros. Durante o exílio na União Soviética, foi vigiado tanto pela CIA, quanto pelos serviços de segurança soviéticos.

Em 1958 publicou Gabriela, Cravo e Canela, que representou um momento de mudança na produção literária do autor que até então abordava temas sociais. Nesta segunda fase faz uma crônica de costumes, marcada por tipos populares, poderosos coronéis e mulheres sensuais. Além de Gabriela, Cravo e Canela, os romances Dona Flor e seus dois maridos e Tereza Batista cansada de guerra são representativos desta fase.

Publicada pela primeira vez em 1966, a história mostra D. Flor como uma mulher que consegue realizar a fantasia de levar para a cama o marido falecido e o atual ao mesmo tempo. O primeiro, um malandro; o segundo, exatamente o seu contrário - só assim D. Flor sente-se realmente completa e feliz.

Na década de 1990, porém, viveu forte tensão e expectativa de um grande baque nas economias pessoais, com a falência do Banco Econômico, onde tinha suas economias. 
Com a saúde debilitada havia alguns anos, morreu em 6 de agosto de 2001 e o corpo foi cremado.


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