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segunda-feira, 1 de maio de 2017

O adeus a Belchior

Uma produtora de vídeo de Sobral (CE) gravou todo o cortejo em carro dos Bombeiros do corpo de Belchior do aeroporto de sua cidade natal até a chegada ao velório no Teatro São João.

Ivanésio Silva, 47, dono da produtora Star Fox, disse à reportagem que a ideia era homenagear o também sobralense Belchior, morto neste domingo (30) aos 70 anos em decorrência de um rompimento da aorta.

Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, conhecido como Belchior, despontou nos anos 1970 com álbuns como "Alucinação" (1976), que trazia os clássicos "Apenas um Rapaz Latino-Americano", "Velha Roupa Colorida" e "Como Nossos Pais" -que ficou conhecida na voz da cantora Elis Regina.

Nascido em Sobral, no Ceará, em 26 de outubro de 1946, Belchior estudou medicina em Fortaleza, mas abandonou o curso antes de se formar para se dedicar a vida de músico.

Entre 1965 e 1970, tocou em festivais de música no Nordeste e, em 1971, venceu o IV Festival Universitário da MPB com a canção "Na Hora do Almoço", cantada por Jorge Melo e Jorge Teles.

Foi nos anos 1970 que o compositor consolidou sua discografia, sempre com letras que se aproximam das artes, da filosofia e da literatura. "Mote e Glosa" (1974), seu disco de estreia, é o cartão de visitas do projeto musical de Belchior. O trabalho contém canções como a que dá título ao álbum, além de "A Palo Seco" e "Todo Sujo de Batom".

Dois anos depois, ele lança "Alucinação", álbum que marca a sua carreira e que o firmou como grande revelação da MPB. Nele, estão clássicos como "Apenas um Rapaz Latino Americano", "Como Nossos Pais", "Velha Roupa Colorida" e "Sujeito de Sorte".

Sucesso popular e de crítica, o músico chegou a lançar mais álbuns, entre eles "Coração Selvagem" (1977), "Era Uma Vez um Homem e o Seu Tempo" (1979), "Cenas do Próximo Capítulo" (1984), "Elogio da Loucura" (1988) e "Baihuno" (1993), que consolida as principais ideias que o músico teve em sua carreira.

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