Um jogo chegou na semana passada ao Brasil.Tem movimentado milhões de
dólares.
Estamos falando do Pokémon Go que do ponto de vista psicológico, vai além de
saber se é adequado ou não, se retira as pessoas de suas casas para
caminharem, se as colocam num ambiente de competitividade.
É um tipo de jogo que está deixando os pessoas dependentes. Ou melhor é uma
dependência tecnológica que tem sido amplamente estudada pela psicologia
e psiquiatria e envolve o indivíduo que deixa de fazer suas atividades
do cotidiano, e até esquecer o sexo preferindo a interação com meios digitais.
Um dos
segredos de tanto sucesso nesse jogo é a forma como ele premia o
jogador: este reforço, aplicado às ações do jogo, faz com que o jogador
sinta-se cada vez mais motivado a jogar. A pessoa que o pratica fica extasiado o tempo todo e ativa
o jogo com frequência, pois, seu objetivo é ganhar as recompensas, que
somadas à tecnologia de realidade aumentada, trazem uma sensação de
“vida” ao jogo e as pessoas envolvidos.
Como o jogo leva todos para fora de suas casas em busca de “pontos”, muitos o
consideram uma oportunidade de relacionamento social, pois novas
amizades surgem entre os jogadores. Ao pensarmos assim o jogo parece
algo bastante interessante. Porém, o efeito social causado, que provoca
nas crianças, nos jovens e até em adultos o desejo de integração ao
grupo, obriga a pessoa a estar ligada ao jogo, sob pena de ser excluída.
Quando
direcionadas e bem utilizadas, como na cura de fobias, de casos de
estresse pós-traumático, na movimentação de crianças hospitalizadas, a
realidade aumentada (tecnologia usada no Pokémon Go), somada à realidade
virtual, traz benefícios ao indivíduo.
O que fará diferença neste
esquema de reforçamento tão poderoso é o autocontrole, pois o vício se
instala naqueles que não conseguem manter o controle da hora de parar.
O interesse pelo jogo é tão grande,
que empresas já estão se posicionando quanto à proibição do uso nos
ambientes corporativos. Em algumas, a punição chega à demissão por justa
causa para aqueles que estiverem jogando.
Além do exagero, que leva a
relatos de acidentes, também é importante considerar os quadros
ansiosos, visto que, naqueles que não conseguem o autocontrole,
estabelece-se uma nova dependência, como outros tantos vícios.
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