title Interativo

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Novos vírus podem se espalhar pelo ambiente urbano

Virologista estuda o mayaro, que causou surto em Goiás. Novos vírus podem se espalhar pelo ambiente urbano, diz cientista  

A epidemia de zika trouxe o medo da microcefalia e de complicações neurológicas e a certeza de que as chamadas doenças da floresta se tornaram uma ameaça concreta para as cidades. Em seu laboratório no Instituto Evandro Chagas, em Ananindeua, no Pará, o virologista Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, cuja equipe comprovou a relação entre o zika e a microcefalia, finaliza, entre outros, um estudo sobre o mayaro, vírus aparentado com o chicungunha e que causou um surto este ano em Goiás. O mayaro é transmitido pelos mosquitos silvestres Haemagogus.
— É um vírus importante. Estudos de laboratório revelaram que ele se adapta bem ao Aedes aegypti. Ele merece atenção porque pode se urbanizar — observa Vasconcelos.

Considerado um dos maiores caçadores de vírus do mundo, Pedro Vasconcelos há anos alerta para os riscos da mistura explosiva de intensificação do mau uso da floresta, falta de controle de insetos transmissores e mudanças climáticas. É essa combinação que torna possível a emergência de doenças como a do zika. Outro vírus que não pode ser desprezado é o oropouche.
— Ele causa surtos com frequência e está urbanizado. Nosso único alívio é que ainda não se mostrou transmissível até agora pelo Aedes nas cidades. Seu vetor é o maruim (Culicoides paraensis), um tipo de mosca hematófaga. Já tivemos epidemias recentes este ano no Brasil — observa ele.
Postagem: Blog do Jonildo.

Nenhum comentário :

Postar um comentário