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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A casa do futuro

 Um apartamento de classe média terá só 40 m2 para cerca de 3,5 moradores (a taxa de fecundidade das mulheres estará na casa de 1,5 filho). Esqueça sala de estar, de jantar, escritório... Teremos cozinha, banheiro, quartos e só uma sala, com múltiplas funções graças à convergência das tecnologias. As paredes serão móveis e o acabamento, bem diferente. "Para preservar a natureza, não teremos mais pedras de mármore ou pisos de madeira, por exemplo. Tudo vai ser sintético".
Pratos e talheres ainda existirão. "Não há motivo para mudar algo que funciona bem há 3 mil anos". O fim do petróleo tornará popular o forno elétrico e restos de comida serão enviados para compostagem no próprio prédio.
Com pouco espaço e telas eletrônicas que servirão para tudo (do controle da temperatura à sessão de cinema), não fará sentido separar ambientes para diversão ou trabalho. Ênfase nesta última atividade: com a rapidez de conexão (e a lerdeza do trânsito), a maioria dos profissionais trabalhará em casa. A transmissão de dados usará a rede da instalação elétrica.
Além de servirem como computador, videogame e TV, as telas terão outra função essencial. Num prédio enorme, nem todos terão janela, e caberá a elas simular paisagens externas. Será um paliativo psicológico, mas o corpo ainda terá necessidade física de luz solar . "Ela terá de ser simulada, mas ainda não se sabe como isso será possível.
Por fora, muito aço e vidro. Internamente, porém, haverá paredes de borracha, resina e até papelão. E boa parte delas será móvel (com exceção das da cozinha e do banheiro, que ainda terão encanamento). Recebeu visitas? É só adequar o espaço.
Imagine o tamanho da garagem em um prédio com 1 milhão de moradores! Serão vários andares só para isso. Pouco usados, os automóveis terão espaço só para duas pessoas e andarão sozinhos - basta falar o destino (ou digitar no computador de bordo) e curtir o passeio. Eles serão movidos a hidrogênio,energia solar ou bateria elétrica, e abastecidos na própria garagem.
O banheiro não vai mudar muito - ali vai ser o único lugar onde ainda teremos papel. Mas a água, valiosa, terá de ser usada com inteligência. A do banho, por exemplo, irá para a privada ou para os jardins internos do prédio. O espelho terá um display para controlar a temperatura ambiente (até o chão poderá ser aquecido). E o vaso será capaz de recolher amostras e realizar exames médicos simples na hora.
 Cortinas terão fibra ótica para armazenar luz do sol durante o dia e usá-la para iluminar o ambiente à noite. Cansou da decoração? Será fácil mudar. Telas reproduzirão quadros ou cenas de filmes e a tinta da parede trocará de cor. Graças a um sistema integrado de códigos de barra, a geladeira será capaz de monitorar o estoque de produtos.  Área de serviço? Na Europa, já são raras. O futuro são máquinas de lavar e secar silenciosas, nos banheiros ou nos closets.

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