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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Uma carreira interrompida

Domingos Montagner chegou à televisão em 2008, na série do GNT "Mothern". O Domingos não amadureceu diante das câmeras, como a maioria de seus colegas da televisão. Mas já chegou pronto à Globo, um caso único. Apesar disso, ele ocupou, muito rapidamente o posto do protagonista. Isso se deveu, claro, ao seu talento, imenso. Conhecia bem os palcos e o picadeiro, mas se adaptou rapidamente à televisão, como se aquele tivesse sempre sido seu ambiente. Era vocacionado para isso, um artista completo. Tudo isso foi potencializado pelo fato de os galãs maduros serem raros e muito disputados pelas novelas. Era uma figura preciosa num ambiente carente delas.

Depois de alguns pequenos papéis em "Força tarefa" e em "A cura", na Globo, em 2010, foi chamado por Amora Mautner para "Cordel encantado", a novela das 18h que promovia uma feliz mistura entre o universo das cortes nos castelos medievais e o cangaço. Depois disso, vieram “O Brado Retumbante”, “Salve Jorge” e “Joia rara”.

A grande sucesso se repetiu na novela  “Sete vidas”, de Lícia Manzo.  Miguel, um cientista atormentado e com tendências à auto-destruição, foi um de seus melhores papéis, se não o melhor. Não foi à toa, que ele foi chamado por Luiz Fernando Carvalho para viver Santo, o coração de “Velho Chico”, da obra de Benedito Ruy Barbosa. Na trama, era um idealista, a expressão concreta da coragem, um apaixonado por sua namorada da juventude.


Chegou tarde à TV, foi embora cedo e fez muito nesse -  infelizmente - breve tempo que teve.

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