O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), voltou a negar a
possibilidade, proposta pelo Ministério Público, de revogar temporariamente o
aumento da tarifa de transporte coletivo para diminuir a onda de protestos.
Haddad disse estar disposto a dialogar com os manifestantes, mas que a
Prefeitura não entra em um "jogo de tudo ou nada".
"Quando você entra em uma conversa tem de entrar com o
espírito aberto e não com o resultado definido. Queremos conversar, mostrar o
orçamento municipal. Nós temos de tomar uma decisão pensando em 11 milhões, não
em 4 mil que estão na rua", disse o prefeito em entrevista ao programa Bom
Dia, São Paulo, da Rede Globo.
Haddad concordou que o transporte público em São Paulo necessita
de melhorias, mas disse que o município fez um sacrifício de R$ 600 milhões,
realocados de outras áreas para que o reajuste da tarifa fosse abaixo da
inflação acumulada. "O que eu quero mostrar para o movimento é que R$ 600
milhões estão sendo investidos para que o reajuste seja abaixo da
inflação."
Durante a entrevista, o prefeito disse que São Paulo é uma
cidade que convive bem com democracia pacifica, mas não com a violência.
"Quando houve violência de manifestantes, a população repudiou. Quando há
abuso policial, a população repudia."
Ele reclamou ainda da desinformação do movimento."Estão
dizendo que motoristas e cobradores não tiveram seus salários reajustados. Há
muita desinformação por parte do movimento." Em outro ponto, Haddad
afirmou que não vai iludir as pessoas dizendo que o transporte coletivo será
gratuito."Os prefeitos não tem de onde tirar recursos", argumentou.

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